COMPULSÃO ALIMENTAR (NOVO REMÉDIO)

 


CHEGA AO BRASIL UM

 

NOVO REMÉDIO PARA A

 

COMPULSÃO ALIMENTAR

 


Perder o controle emocional diante da alimentação pode ter graves

consequências à saúde.

É um tratamento inédito por aqui que ajuda a lidar com esse problema.

Muita gente já passou por episódios em que desconta todo o estresse e

a ansiedade do dia a dia num prato de comida. É uma situação em que,

literalmente, perdemos o controle e passamos a “comer” com as

nossas emoções.

Episódios assim até podem ocorrer de vez em quando, mas, quando

acontecem pelo menos uma vez por semana durante o período mínimo

de três meses, sinalizam uma condição mais séria.

Trata-se do transtorno de compulsão alimentar, um dos mais comuns

na população, chegando a acometer cerca de 5% dos adultos.

 

 

A compulsão alimentar é geralmente mais frequente em pessoas que

convivem com maior grau de ansiedade e com distúrbios de humor.

O complicado é que ela predispõe a obesidade, diabetes, pressão alta e

outras doenças crônicas.

O episódio de compulsão costuma ser solitário, sem a presença de

familiares e amigos, devido ao sentimento de vergonha ao ingerir, em

poucos minutos, o equivalente a três ou mais pratos de comida.

A vítima cita a famosa frase: “comecei achando que ia comer uma

pequena quantidade, mas terminei comendo tudo”.

A sensação de perda de controle é corriqueira, assim como a de

arrependimento — diferentemente de outros transtornos alimentares,

nesses casos o indivíduo não induz vômitos ou ingere laxativos para

compensar a ingestão excessiva.

Infelizmente, a maioria das pessoas com compulsão alimentar não

possui diagnóstico firmado. Isso porque muitos nem sequer procuram

ajuda médica. A abordagem, aliás, deve ser multiprofissional, incluindo

psiquiatra, endocrinologista, psicólogo e nutricionista.

A terapia cognitivo-comportamental há muito tempo é uma excelente

aliada no controle desse transtorno psiquiátrico, assim como as

intervenções nutricionais e a prática regular de exercícios.

Mas nem todo mundo obtém sucesso com essas ferramentas.

Daí a boa notícia do primeiro medicamento devidamente testado para a

finalidade de reduzir episódios de compulsão alimentar aprovado no

Brasil.

 



Falamos da lisdexanfetamina, que já havia sido aprovada nos

Estados Unidos há seis anos para o tratamento do problema.

Desenvolvida pela farmacêutica Takeda, ela já estava no mercado

como opção terapêutica para o transtorno de déficit de atenção e

hiperatividade (TDAH). Agora, respaldada por estudos, ganha essa

nova indicação.

A lisdexanfetamina atua no cérebro regulando neurotransmissores

ligados ao prazer e à vontade de comer.

O número de crises de compulsão se reduz com o uso crônico do

medicamento, que será prescrito por ora apenas para casos de

compulsão moderados a graves. Obviamente ele só deve ser usado sob

supervisão médica, pois possui algumas contraindicações.

O tratamento é de longo prazo e o tempo de uso vai depender da

resposta do paciente. Em como toda doença crônica, sucessos e

recaídas podem fazer parte do tratamento.

Daí a importância da adesão aos medicamentos e às mudanças no

estilo de vida.