CACHAÇA NO JARDIM PODE SER ILEGAL

NÃO É LEGAL E PODE SE TORNAR ILEGAL.

Os vereadores da Câmara Municipal de Barra do Piraí começaram a discutir na sessão de ontem  (30 de Maio 2019) a possibilidade de tornar proibido o consumo de bebida com alto teor alcoólico no jardim da Praça Nilo Peçanha, no centro da cidade. Neste contexto, o cidadão não poderia beber cachaça, conhaque, whisky  e outras bebidas congêneres.

OS MOTIVOS

Na verdade é uma realidade que toda população já conhece e discorda completamente: bancos e coreto do jardim estão sendo sitiados por consumidores contumazes de fortes bebidas alcóolicas, que, embriagados, perdem a compostura. Alguns deles caem na farra, proferindo palavrões em alto e bom tom, outros fazem gestos com conotação sexual inadequada para o local e, a grande maioria deles assedia os passantes pedindo “um dinheirinho” para comprar suas bebidas favoritas, quase sempre a famosa “barrigudinha”, uma das cachaças mais baratas do mercado.

A POLÊMICA

Foi discutida a possibilidade de que bebidas mais leves – tipo cerveja – não seriam incluídas na relação do consumo proibido. Vereadores que defendem essa possibilidade, alegaram que alguns trabalhadores e outros cidadãos, enquanto aguardam seus ônibus para casa, tem o hábito de sentar na praça com degustando sua “cervejinha”. A questão é que os usuários das bebidas mais fortes poderiam transferir as mesmas para essas latinhas e continuar o consumo sem ser importunado. Como fiscalizar?

EM OCASIÕES FESTIVAS PODE

O projeto original prevê que em datas festivas, quando se realizam eventos na Praça Nilo Peçanha, como carnaval e aniversário da cidade, por exemplo, o consumo de todo tipo de bebida alcoólica estaria completamente liberado. Por hora esse projeto foi retirado da pauta de votação, já que foi pedido um prazo extra para estudar a questão mais detalhadamente e adequá-lo a realidade municipal, onde se incluiriam detalhes sobre como fiscalizar o consumo e que eventuais penalidades poderiam ser aplicadas aos que não respeitassem a lei.

EDITORIAL

Fato é que o ambiente do Jardim da Praça Nilo Peçanha já se deteriorou de verdade e os grupos familiares já não se sentem confortáveis em frequentá-lo. Não só pela grande quantidade de pessoas se embriagando cotidianamente e desrespeitando esse ambiente público, como outros cidadãos que trafegam de bicicleta na área, apesar das placas de proibição. Esse tráfego também já virou rotina. E tem mais: a deterioração dos canteiros e a depredação de bustos de figuras históricas também é uma realidade. Ou seja: a grande verdade é que esse jardim precisa de socorro imediato em vários aspectos. Porque apesar da praça “ser nossa”, não significa que ela seja o quintal de nossa casa e que tenhamos o direito de agir sem se preocupar com o próximo.